quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Efeito Bumerangue


Que tipo de preparação (emocional/técnica) que esses policiais recebem para lidar com manifestações públicas? Entendo que são pessoas que estão ali expostas a todo tipo de riscos, mas não podemos esquecer que são antes de tudo, servidores da sociedade, e com isso quero rememorar uma das máximas da corporação, que é servir e proteger. Esse flagrante do vídeo mostra que o discurso não de fato aquilo que se pratica, quando o policial já desce da viatura com arma em punho e atirando contra os manifestantes.

Não vi diálogo, nem cuidado em proteger os cidadãos, tampouco inteligência para mediar um conflito, que poderia ter descambado para algo bem pior. O que vi foi apenas a força bruta e a violência explícita praticada pela polícia.

Por razões históricas, há muito que se fala sobre a extinção da PM. Temos aí mais uma prova material da incongruência desse tipo prática institucional para a época em que vivemos.

Além dessa cena de barbárie, soube que os vitrais do Cine São Luís foram destruídos, bem como alguns ônibus depredados e um bicicletário incendiados. Na minha opinião, foi uma ação infeliz de quem o fez. Contudo não nenhuma evidência absoluta que vincule os manifestantes ao quebra-quebra. O culpa certamente cairá para o lado dos manifestantes, mas é provável que nesse meio, além das pessoas envolvidas na mobilização estejam também pessoas infiltradas e com outros propósitos e aí é preciso contextualizar e ponderar bem, para que não aconteça nenhuma injustiça. Na minha militância pessoal já vi coisas horríveis acontecerem durante as manifestações e em muitos casos o julgamento se dá nos detalhes que nem sempre estamos atentos para perceber.

Sou veementemente contra a depredação de bens para uso comum, mas diante do que acabo de ver nesse vídeo, me pergunto: Quem primeiro acendeu o pavio?
 
 

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