terça-feira, 6 de agosto de 2013

Senadores não podem se responsabilizar pelo que não dominam.

Reproduzo a entrevista feita pelo Senador Lobão Filho (PMDB-MA) ao Estado de São Paulo sobre a obrigação dos senadores a se comprometerem com a defesa intransigente da ética no seu juramento de posse.

fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,o-que-e-etica-para-voce-pode-nao-ser-para-mim-a-etica-e-abstrata-diz-lobao-filho,1060902,0.htm

Segundo o Senador, isso "poderia dar margem a interpretações perigosas" e "gerar problemas de conflito" no Senado. Ora, a Ética pode até ser vista como assunto subjetivo, se enveredarmos pela axiologia e pela estética, mas não é o caso. Se há um código de conduta então ele deve ser respeitado por quem estiver na função, independentemente do seu julgamento. Ele é um servidor público (embora aparente esquecer desse detalhe).

Depois, julga que a Ética não seja tão importante para a atividade parlamentar ou relevante para a atividade política. Essa afirmação é de uma imbecilidade medonha e para mim beira o escabroso. Um político que diz isso mostra para quais valores ele coopera. Platão diria se tratar de um idiota. Nem mais nem menos.

O Senador aparenta esquecer que exerce um cargo público e nesse sentido todas as pessoas que tenham envolvimento com ele enquanto exerce essa função devem ser investigadas. O direito à privacidade deve ser garantido por lei para todos, desde que não vá de encontro à coisa pública.

Mas acho que ele não pensa dessa forma, afinal de contas, o que é ético para ele pode não ser para mim. Ainda bem.

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